São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 1995
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Rival é o `carrasco' brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Brasil e Uruguai têm uma história de decisões marcada pelo desejo de vingança.
Em 1950, o Uruguai foi responsável pela maior derrota do futebol brasileiro.
Com melhor campanha na Copa daquele ano, o Brasil só necessitava de um empate na final para ser, pela primeira vez, campeão mundial.
Jogando no Maracanã com o apoio de cerca de 200 mil pessoas, o Brasil saiu na frente com um gol de Friaça.
Mas Schiaffino e depois Gighia, o ``carrasco", viraram o jogo e deram o título mundial ao Uruguai.
A revanche veio 20 anos depois. As duas seleções se encontraram na Copa do México, disputando uma das semifinais.
Desta vez, foi o Uruguai quem saiu na frente, com Cubillias. Ainda no primeiro tempo, Clodoaldo empatou a partida.
No vestiário, o técnico Zagallo pediu que os jogadores esquecessem o jogo de 50 e se concentrassem na semifinal.
O Brasil voltou melhor e, com gols de Jairzinho e Rivelino, foi à final contra a Itália.
Em 1981, sob o comando de Telê Santana, a seleção brasileira foi disputar o Mundialito no Uruguai (uma prévia da Copa do Mundo de 82).
O Brasil passou à final depois de golear a Alemanha Ocidental por 4 a 1. Entrou na decisão como favorito. Porém, nem o gol de Sócrates salvou o Brasil da derrota por 2 a 1.
Exatamente 39 anos após a derrota de 50, Brasil e Uruguai voltaram ao Maracanã. Desta vez para decidir a Copa América.
O técnico Sebastião Lazaroni armou o Brasil com cinco zagueiros. Mesmo assim, a seleção brasileira dominou o jogo inteiro e se tornou campeã, com um gol de Romário.
Em 93, nas eliminatórias da Copa dos EUA, o mesmo Romário marcou os dois gols que classificaram o Brasil e eliminaram o Uruguai do Mundial.

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