São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995
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Na prática...; ...a teoria é outra; O mesmo para todos; Sol nascente; Ouvidos moucos; A grande família; Estaleiro; Gastança

Na prática...
A estratégia do governo para baixar a inflação está submetida ao calendário político. Prevê um aprofundamento da recessão até o começo de 96. Depois, com o início da campanha eleitoral, seria dado um novo fôlego à economia.

...a teoria é outra
O problema da estratégia é que o governo sabe como a recessão começa, mas não como termina. Alguns dos maiores aliados de FHC prevêem grandes transtornos no Congresso este semestre que podem comprometer todo o plano.

O mesmo para todos
O acordo entre o governo paulista e o governo federal em torno do Banespa não foi fechado ainda, mas já provoca reações. Lideranças nordestinas dizem que FHC não terá autoridade para tocar a reforma tributária no Congresso.

Sol nascente
Malan vai sábado ao Japão, onde falará com o ministro das Finanças e empresários, além de participar de debate sobre o real. Do outro lado do mundo, estará longe das reações à MP da desindexação e à reforma tributária.

Ouvidos moucos
O Ministério da Fazenda aparenta não se impressionar com a chiadeira dos empresários sobre recessão. A ordem continua sendo a de negociar apenas caso a caso, como está acontecendo com os prazos de consórcios de carros.

A grande família
Durante o encontro com seus familiares em Goiás, FHC teve um surto do que os políticos chamam de ``montorite": ao mencionar sua neta Júlia, chamou-a de Bia. Foi prontamente corrigido por Ruth: ``Bia é nossa filha".

Estaleiro
O ministro Gustavo Krause (Meio Ambiente) volta a Brasília na próxima semana após uma passagem por um spa em Recife. Mesmo antes da briga com ACM, seu médico já havia detectado início de estresse e pressão alta.

Gastança
Apesar de ser uma das estatais na lista das privatizações, o Banco Meridional continua a gastar. Foi decidida esta semana a construção de um prédio para a agência de Curitiba. A obra consumirá R$ 322 mil em 120 dias.

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