São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995
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Associação tentou barrar obra

DA REPORTAGEM LOCAL

Associação tentou barar obra
A ``guerra" em torno do projeto de ampliação da avenida Faria Lima começou pouco depois de o prefeito Paulo Maluf anunciar a obra, no início de 93.
Os moradores da Vila Olímpia e de Pinheiros, dois bairros que seriam muito afetados pelas desapropriações necessárias para a execução do projeto, organizaram-se em associações contra a idéia.
A pressão da Associação Vila Olímpia Viva e do Movimento Pinheiros Vivo retardou a aprovação do projeto pelos vereadores.
Somente no primeiro semestre de 95 a Câmara aprovou a Operação Urbana Faria Lima, por 55 votos a zero.
Uma operação urbana funciona, na prática, com a ``venda de espaço aéreo" para os empreendedores. Eles compram da prefeitura o direito de construir mais em seus terrenos.
No caso da Faria Lima, a novidade foi o Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção). O certificado será negociado em bolsa. O empreendedor que não exercer o direito de construir pode vender o seu Cepac a um terceiro.
Os vereadores de oposição acabaram aceitando aprovar o projeto, em troca de poucas concessões, já que o prefeito estava tocando a obra com base em uma lei de 1968, que previa a extensão da Faria Lima até a Pedroso de Morais e a Juscelino Kubitschek.
Durante a batalha pela aprovação da operação urbana, Maluf nunca admitiu traçados alternativos que eliminassem a ligação com a Luís Carlos Berrini. O argumento era que a Faria Lima seria uma opção à marginal Pinheiros.

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