São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995
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Filho não aparece para depôr sobre assassinato de advogado

DA REPORTAGEM LOCAL

O adolescente A.F.T., 14, não foi depor ontem, como estava previsto, no inquérito que apura a morte de seu pai, o advogado José Francisco da Silva, 58, ocorrida no último sábado. Ele tinha seis perfurações de bala no corpo.
A.F.T. é, segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), a principal testemunha do caso. A família do advogado diz que houve suicídio, mas a polícia suspeita de assassinato.
``Esperamos ouvir o adolescente ainda nesta semana. Dependerá de quando seu advogado irá apresentá-lo", afirmou o delegado Osmar Ribeiro dos Santos, 35, do DHPP.
Anteontem, a mãe de A.F.T. prestou depoimento. A professora Lúcia Rocha da Silva afirmou que pai e filho estavam no mesmo cômodo da casa quando houve o primeiro disparo.
Ela afirmou também que, após esse tiro, os dois apareceram na sala onde ela estava. Pai e filho estariam agarrados e Lúcia não teria conseguido ver quem estava segurando a arma.
Segundo o delegado, duas das perfurações indicam que o advogado estava em um nível inferior ao do cano do revólver quando foi baleado -como se ele tivesse sido baleado de cima para baixo.
Essa suspeita da polícia foi reforçada ontem com a chegada das fotografias do cadáver do advogado. Os laudos sobre sua morte deverão estar prontos na próxima semana.

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