São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 1995 |
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Qualquer veículo poderá usar gás natural
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE O ministro das Minas e Energia, Raimundo Brito, disse ontem em Belo Horizonte que será autorizado “nos próximos dias” o uso do gás natural para qualquer tipo de veículo, hoje restrito a ônibus, táxis e frotas de empresas.“Além de dar um aproveitamento mais nobre a parcelas do gás natural que são queimadas, o projeto do gás veicular vai gerar uma economia de consumo dos outros combustíveis (álcool e gasolina) e contribuir para a redução da poluição nos grandes centros urbanos”, disse. Brito não deu números sobre a economia que a medida poderá trazer para o consumidor. “Isso vai depender da própria intensificação e da multiplicação da quantidade de veículos que utilizarão esse novo combustível”. Segundo ele, a decisão conta com o apoio da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). O ministro espera que a decisão estimule a implantação de novos produtos para o abastecimento de veículos e proporcione um crescimento do mercado de modo que se consiga baratear os kits e projetos de conversão de motores. Brito também disse que há, no Rio e em São Paulo, cerca de 30 mil veículos que usam o gás. “Isso significa que o preço não é um fator impeditivo”. O ministro negou que o governo irá aumentar as tarifas de energia elétrica para facilitar as privatizações no setor. “Neste momento eu não trato de aumento tarifário. Embora a questão tarifária seja importante, ela não é, entretanto, uma questão essencial para a continuidade do processo de privatização. Introduziremos os ajustes necessários para facilitar o ingresso do setor privado, mas sem que isso implique automaticamente aumento de tarifas aser suportado pela população”. Ontem, pela manhã, junto com o governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), o ministro visitou as obras da hidrelétrica Guilman/Amorim -a primeira a ser construída no país pela iniciativa privada através da nova Lei de Concessões. Ela está sendo implantada pelo consórcio Belgo-Mineira/Cimento Cauê no rio Piracicaba (entre os municípios de Nova Era e Antônio Dias, no Vale do Aço), a um custo de US$ 130 milhões. Texto Anterior: Cai volume de negócios nas Bolsas Próximo Texto: Fiat está adaptada para a produção Índice |
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