São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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Corinthians arrisca para sair na frente

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Jogar ofensivamente e, até, de modo arriscado. É assim, segundo o técnico Eduardo Amorim, que o Corinthians enfrentará hoje o Palmeiras, em Ribeirão Preto.
Amorim acredita que a vitória esta tarde é fundamental para seu time. Daí a opção pelo ataque.
``A primeira partida de uma decisão é a mais importante. Precisamos vencer para brigarmos firmes pelo campeonato", afirmou.
``Quem vencer o primeiro jogo, dará um passo decisivo para o título", concordou o goleiro Ronaldo.
O treinador corintiano escalou o time com quatro jogadores de características ofensivas: Souza, Marcelinho, Viola e Marques.
A vantagem de poder jogar por um empate em uma eventual prorrogação no segundo jogo, caso os dois times estejam empatados em pontos, não seduz Amorim.
``Não vamos mudar nossa maneira de jogar por essa vantagem. Ela é circunstancial. Temos que impor o ritmo contra qualquer adversário, mesmo que o Marcelinho e o Souza sejam um pouco sacrificados", disse.
Desde que assumiu o Corinthians, em março deste ano, Amorim procurou incutir um espírito ofensivo na equipe.
``Quebrei o trivial até nas substituições durante as partidas. Procurei mostrar aos jogadores que poderíamos arriscar, jogar mais à frente. O talento sempre prevalece na hora de decidir", afirmou.
A estratégia, na opinião de Amorim, vem dando resultado.
``Até agora, conseguimos tudo o que nós planejamos. A conquista da Copa do Brasil é o maior exemplo disso", disse, buscando mostrar autoconfiança.
``Joguei em times muito ofensivos, como o Cruzeiro de Dirceu Lopes, Palhinha e Joãozinho, na década de 70, e o Corinthians de Sócrates, Zenon e Casagrande, na década de 80. A minha formação ofensiva vem daí", acrescentou.
Amorim trabalhou como auxiliar técnico de Carlos Alberto Silva, do Palmeiras, no Cruzeiro e no próprio Corinthians.
O time corintiano deve concentrar nesta tarde as suas jogadas pelo meio do ataque, com Souza, Marcelinho e Viola.
Os laterais André Santos e Silvinho não são muito rápidos e têm dificuldades para fazer jogadas de linha de fundo.
André deve ficar ``preso" na marcação porque o Palmeiras concentra as jogadas pelo seu setor, com o lateral Roberto Carlos, o meia Rivaldo e o atacante Muller.
``Temos que jogar rápido, com toques de primeira e em velocidade", disse o meia Souza.
O sucesso do plano tático, segundo ele, depende das condições do gramado do estádio Santa Cruz, em Ribeirão.
``Quando enfrentamos o Santos, o campo estava péssimo, principalmente a região das áreas", afirmou o goleiro Ronaldo.
O volante Bernardo, o meia Souza e o atacante Viola entram em campo hoje fora de suas melhores condições físicas.

NA TV
Globo, Bandeirantes, ESPN Brasil e Globosat/Sportv

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