São Paulo, segunda-feira, 31 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Garoto do Rio vence mundial de matemática

Artur levou medalha de ouro na Olimpíada do Canadá

PAULO GRAMADO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O carioca Artur Ávila Cordeiro de Melo, 16, ganhou medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática, no Canadá, no último dia 20, se tornando o mais jovem brasileiro premiado na história dessa competição didática.
A olimpíada de matemática, em sua 36ª edição, foi disputada em Toronto e teve 74 países inscritos -cada um com seis estudantes. Até hoje, apenas quatro brasileiros ganharam medalha de ouro nesse evento.
Artur cursa o segundo ano do segundo grau, de manhã, no colégio Santo Agostinho, no Leblon (zona sul do Rio), para onde se transferiu no meio do ano passado. Antes, estudava no São Bento, no Centro.
Dois cariocas, dois paulistas e dois cearenses formavam a equipe brasileira nesta olimpíada. Coincidência? O professor Eduardo Wagner, 47, da Sociedade Brasileira de Matemática, entidade que ``treinou" Artur, diz que não.
``São os melhores núcleos de matemática no Brasil. A equipe ganhou uma medalha de ouro e três menções honrosas", diz.
Modesto, Artur diz que não esperava este resultado e não se considera um gênio. Ele prefere atribuir a medalha de ouro a um golpe de sorte.
``Foi uma coincidência. Uma questão, que a maioria errou, era uma inequação, campo que sempre preferi. Sinto prazer em resolver um problema, discutir e comentar sobre ele", afirma.
A prova teve seis questões. Artur conta que acertou as cinco principais (de álgebra, geometria e sequências). A sexta, uma análise combinatória, acertou parcialmente. Cada questão valia sete pontos, na última teve dois.

Texto Anterior: Saiba como é feita a pesquisa
Próximo Texto: Artur não vai à praia ou bares
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.