São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Itamar tira férias em meio a crise diplomática

JAIR RATTNER
DE LISBOA

Na primeira crise diplomática entre Portugal e Brasil desde que assumiu a Embaixada, o ex-presidente Itamar Franco tirou alguns dias de folga do seu cargo de embaixador do Brasil em Lisboa.
Desde domingo, quando foi publicada em Portugal a notícia de que os cinco professores portugueses foram barrados no Galeão, Itamar está no Algarve -região turística no sul de Portugal.
A embaixada está sob a direção do ministro Carlos Eduardo Sette-Câmara, o segundo na hierarquia.
As férias de Itamar, menos de dois meses depois de ter assumido o posto, causaram espanto entre alguns diplomatas brasileiros. Até ontem, a Embaixada e o Consulado do Brasil em Lisboa não tinham recebido nenhuma informação oficial do Itamaraty a respeito do que aconteceu com os cinco professores.
O Algarve é a região de turismo mais luxuosa de Portugal, onde Airton Senna tinha uma casa.
Até ontem, Itamar estava hospedado no Hotel Atlantis, em Vilamoura. O hotel fica de frente para o mar. Por estar ligado à embaixada, Itamar conseguiu um desconto na sua diária, que desceu de US$ 380 por noite para US$ 285.

Professores
Segundo o professor José de Miranda -um dos cinco barrados no Galeão-, eles não foram contatados por representantes do governo português ou brasileiro.
Os professores ainda não receberam a proposta de voltar ao Brasil como convidados.
O agente Gabriel, cujo sobrenome nã é divulgado pela Polícia Federal (PF) e foi o responsável pelo veto à entrada dos professores no Brasil, voltou a trabalhar ontem. Ele é o chefe da PF na alfândega do Galeão.

Texto Anterior: Edir Macedo compra casa de shows no Porto
Próximo Texto: SP tem segunda pane telefônica em 8 dias
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.