São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995 |
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Polícia tem suspeito de assassinar corretora Lucicleide foi morta no último sábado FÁBIO GUIBU
Anteontem a polícia já havia feito o retrato falado do suspeito com a ajuda da filha de Lucicleide, J.C.F.J., 7, que assistiu ao crime. Um telefonema anônimo teria fornecido o nome e sobrenome do suspeito. O delegado Nelson Rodrigues, 44, da DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa), pediu uma comparação das impressões digitais do suspeito com as encontradas no carro da vítima. Segundo Rodrigues, a corretora não teria sido estuprada. ``Acho que ela ficou passiva até um certo ponto e então reagiu, evitando o estupro e surpreendendo o bandido." A corretora tinha uma marca de mordida na mão, o que indicaria ter havido confronto com o assassino. Família Ontem, a família da corretora disse que quer evitar que J.C.F.J., 7, faça o reconhecimento do suspeito. ``Se fosse minha filha, não deixaria", afirmou em Recife (PE) a irmã da vítima, Luzinete Souza França. Segundo ela, a menina ``está traumatizada". Luzinete disse que a criança já tentou identificar dois suspeitos, mas não reconheceu nenhum. ``Achamos que a polícia e a Justiça têm meios de descobrir o autor do crime sem precisar da presença da minha sobrinha", disse. J.C.F.J, seus irmãos, R.C.F.J., 15, F.J.F.J, 14, e o ex-marido, o empresário Jamerson Costa Jordão, 38, não compareceram ao enterro de Lucicleide, ontem em Recife. ``As crianças estavam reagindo bem, mas ontem (anteontem) tomaram consciência do que aconteceu e não quiseram vir", afirmou Luzinete. Segundo ela, os três filhos de Lucicleide, e não apenas a menina, deverão ser submetidos a tratamento psicológico. Enterro O corpo da corretora foi enterrado às 11h15, no cemitério Parque das Flores, ao lado do irmão, Luciano, morto há 13 anos em acidente de carro. Lucicleide foi estuprada e morta com três tiros no rosto, na frente da filha, numa rua sem saída em São Paulo. O criminoso abordou a corretora, que dirigia um Santana, na entrada do hipermercado Paes Mendonça. O corpo foi jogado em um córrego. O ex-marido disse que vai entrar com uma ação contra o hipermercado. ``Havia uma pessoa que contribuía com a renda da família e que hoje não existe mais", disse. Texto Anterior: Secretário culpa delegado por fuga em DP do Rio Próximo Texto: Filha ficou agachada rezando Índice |
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