São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995
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PMDB e PSDB lideram disputa

XICO SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

As bancadas do PMDB e PSDB lideram até o momento a disputa por cargos federais em pleno ``terreiro" do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL), a Bahia.
Embora ACM tenha conquistado o Ministério das Minas e Energia no primeiro escalão, os seus adversários conseguem superá-lo no varejo do loteamento de cargos.
Levantamento feito pela Folha revela que os ``inimigos do rei", como são conhecidos os adversários, dominavam até a tarde de ontem as diretorias de oito órgãos e empresas na Bahia.
O esquema de ACM contabilizava para os seus aliados, também até ontem, a direção de quatro repartições ou empresas no Estado. ``O poder dele é grande no país e forte no Estado, mas estamos tentando garantir o nosso também", disse o deputado federal Roberto Santos (PSDB-BA).
O deputado venceu ACM ao indicar José Guilherme da Mota para a superintendência baiana do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
O senador entrou em um breve conflito com o ministro Gustavo Krause (Meio Ambiente) por conta da indicação, mas não conseguiu evitar a posse de Mota.
Para o deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ACM perde em número de órgãos, mas ainda lidera ``de longe" na soma dos orçamentos das diretorias que o seu esquema político ocupa.
``O problema é que ele quer tudo para o PFL e não admite perder qualquer espaço", disse Lima. ``Nossa luta do PMDB é para manter o que temos."
O deputado assegurou a direção do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e diz estar satisfeito com essa vitória.
O PMDB, que possui seis deputados, ficou ainda com as diretorias da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem), Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) e Codeba (Companhia Docas da Bahia).
Os tucanos, que possuem quatro parlamentares, asseguraram, além do Ibama, a diretoria da Chesf (Companhia de Eletricidade do São Francisco).
Embora ainda não tenha sido renovada, a direção da Telebahia (Telecomunicações da Bahia) deve permanecer com o grupo político de ACM. ``Essa vai ficar 200 anos com ele (ACM)", diz o deputado João Almeida (PMDB-BA).

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