São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995 |
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FHC admite proteger salários, diz relator JOMAR MORAIS JOMAR MORAIS; <UN->WILLIAM FRANÇA
Consultado ontem, o porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral, disse não ter conhecimento do fato, mas o considerou provável. ``Tenho a impressão de que pode ter procedência esta declaração. O presidente tem preocupação com os salários mais baixos", declarou o porta-voz. Coutinho Jorge, porém, não disse de que forma o governo faria essa proteção. Pela resposta de Amaral, ela não seria feita por meio da correção pela inflação, como quer o senador. Obstáculo Segundo o relator, FHC disse aceitar a proteção a salários mais baixos em conversa testemunhada por ministros da área econômica. Para o senador, o grande obstáculo à idéia de garantir reajustes anuais pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para a faixa até três salários mínimos é a equipe econômica. ``Não vou abrir mão das minhas posições. Há idéias do governo que são utópicas", disse Coutinho Jorge, a respeito das pressões dos governistas para que mude de idéia. A conversa entre o senador e o presidente FHC teria ocorrido há duas semanas. Segundo Coutinho Jorge, o presidente teria se mostrado aberto à flexibilização da medida provisória. Tendência A comissão especial que vai analisar a MP dos salários será instalada hoje, em meio a uma tendência de apoio à idéia de criar um mecanismo de proteção para os pequenos salários. O líder do PMDB no Senado, Jáder Barbalho, disse que em princípio é favorável à proposta de Coutinho Jorge. Ele teme que, sem uma garantia mínima, só os grandes sindicatos consigam negociar sem prejuízos para os trabalhadores. Na terça-feira, Barbalho vai reunir a bancada de seu partido para discutir o assunto e tirar uma posição comum. A bancada ruralista pode apoiar a mudança na medida provisória. Texto Anterior: Crédito para a classe média é descartado Índice |
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