São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995
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Cidade brilha com história e gastronomia

ILANA GOLDSTEIN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Lyon é uma cidade injustamente esquecida por quem visita a França. Sua imagem de metrópole industrial e a população de 1 milhão de habitantes encobrem o charme das ruelas de pedra, ruínas romanas e sua gastronomia.
Lyon, que juntamente com Marselha reivindica o título de ``Segunda Cidade da França", fica a duas horas de T.G.V. (trem de grande velocidade) de Paris.
É grande, desenvolvida e com excelente transporte coletivo. E as indústrias da Rhône-Poulenc (Rhodia, no Brasil) ficam perto dali, às margens do rio Reno.
O aspecto mais interessante de Lyon é o centro histórico. O Veiux (velho) Lyon foi conservado e restaurado, assim como as ruínas de um enorme anfiteatro romano, no alto da colina de Fourvière.
Fundada há mais de 2.000 anos, a cidade guarda curiosidades e marcas de diversos períodos. Uma das formas de conhecê-la é mergulhar em sua história.
A cidade foi oficialmente fundada no ano de 43 a.C., quando o tenente romano Lucius Munatius Plancus recebeu a ordem de construir uma cidade no topo da colina de Fourvière.
Lugdunum, nome romano da cidade, logo se tornou a capital da Gália -onde ``vivia" o personagem de histórias em quadrinhos Asterix- e um importante centro de negócios. Ali organizavam-se feiras e assembléias anuais que reuniam gente de toda a região.
O imperador Claudio, nascido em Lyon, apesar de ter passado para a história como um fraco, foi o responsável pela ascensão da cidade ao status de colônia. Seus cidadãos passaram a ter então os mesmos direitos dos romanos.
O discurso proferido por Claudio naquela ocasião foi gravado em blocos de bronze que, juntamente com outros achados arqueológicos, encontram-se no belo museu Galo-Romano, em Fourvière.
Além do interesse arquitetônico e histórico, Lyon tem outra atração adicional. Ela é considerada por seus habitantes a capital mundial da gastronomia.
Além dos famosos chefes da alta cozinha, como Paul Bocuse e os irmãos Troisgros, há os pequenos ``bouchons" (cantinas) no bairro de Saint-Jean. Um menu fixo custa entre R$ 25 e R$ 50.
Os pratos são feitos com produtos regionais, como queijo, carne de porco, frios e ervas locais.
Depois de muitos passeios, nada como arrematar com uma comida gostosa, acompanhada por um vinho Beaujolais da região.

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