São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995
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Laudo constata resíduo de pólvora nas mãos de filho que matou pai

DA REPORTAGEM LOCAL

Um laudo do IC (Instituto de Criminalística) é a mais nova prova da polícia de que o adolescente A.F.T.S., 15, matou o pai, o advogado José Francisco da Silva, 68.
O crime aconteceu no último dia 22, no apartamento da família na Aclimação (região central de SP). O adolescente assumiu a autoria do crime em depoimento à polícia e disse que matou para aliviar o sofrimento do pai.
Ele afirmou que o pai tinha crises constantes caracterizadas por falta de ar, azia e tosse e que pensava estar com câncer. Um laudo médico indicou que o advogado sofria de três doenças, mas descartou o câncer.
O novo laudo da polícia é o exame residuográfico. Esse exame é feito nas mãos de suspeitos de crimes e serve para encontrar vestígios de pólvora (geralmente, o uso de uma arma deixa esse tipo de resíduo na mão).
Os peritos do IC constataram que havia vestígios de pólvora nas duas mãos do rapaz. A mãe de A.F.T.S., Lúcia Rocha da Silva, 58, também foi submetida a esse exame. O resultado foi negativo em sua mão direita -ela é destra.
A mão esquerda de Lúcia não foi examinada porque estava enfaixada. Ela foi atingida por um tiro no dia do crime.
Os peritos também analisaram as mãos do advogado e não encontraram resíduos de pólvora.
``Esse laudo só é inconclusivo quando negativo, pois o disparo pode não deixar pólvora nas mãos do autor", disse o delegado Osmar Ribeiro Santos, 35, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, que investiga o caso.

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