São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995 |
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Cabeleireira quer casar pela 5ª vez
AURELIANO BIANCARELLI
Anos depois, quando o HIV ficou conhecido, Ana soube que um de seus primeiros namorados tinha morrido de Aids. Em 87, ela fez o teste. ``Fiquei tão deprimida que caí doente. No Emílio Ribas, me deram dois meses de vida." Nessa época, Ana já estava no quarto casamento. ``Infernizei tanto meu marido que ele acabou indo embora. Nós ficamos três anos juntos e ele não pegou o vírus." Desde então, Ana se trata com homeopatia. ``Nunca tomei remédios convencionais e me sinto mais alegre e bonita." Ana está solteira e cheia de projetos. ``Quero ir para o quinto casamento." Ela só reclama da falta de tempo. Parte da semana ela trabalha como cabeleireira em São Paulo. De quinta a domingo, fica em Caraguatatuba (190 km a leste de SP), onde faz massagens e terapias alternativas. Seus clientes são, na maioria, doentes de Aids ou portadores do vírus. 60% são mulheres. Ana diz que é bastante conhecida em Caraguatatuba. ``Adoro um chopinho, gosto de dançar e não escondo que tenho o HIV. Acho importante mostrar que estamos vivos e muito bem." (AB) Texto Anterior: Campanha nasceu em festa Próximo Texto: 'Achei que ia morrer como ele, rapidamente' Índice |
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