São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995 |
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México emite US$ 1,1 bilhão no Japão
FLAVIO CASTELLOTTI
A emissão será realizada em ienes e os principais compradores são bancos privados do Japão. O Ministério da Fazenda informou ontem, em comunicado, que o montante oferecido teve incremento de 57%, ``devido à grande demanda por parte dos investidores japoneses". Os títulos têm prazo de três anos e taxa fixa de 5% ao ano, 345 pontos-base sobre a Libor (taxa líder dos mercados internacionais). O diretor de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Alejandro Valenzuela, disse que a operação se parece muito com as realizadas pelo governo mexicano em 1993, antes da crise financeira. ``Isso demonstra claramente que o país já retomou sua posição nos mercados voluntários de capitais", afirmou Valenzuela. Parte das receitas dessa emissão vai somar-se às reservas internacionais do México em 17 de agosto. Outra parte será utilizada para alongar o perfil da dívida externa. Para Valenzuela, a dívida externa mexicana não é um fator preocupante. Ele disse que a cifra oficial (do que corresponde à parcela pública da dívida) é de US$ 93 bilhões e não de US$ 120 bilhões, como foi divulgado pela imprensa. Segundo Valenzuela, os superávits fiscal e comercial que serão obtidos neste e no próximo ano vão ser mais que suficientes para pagar os serviços da dívida, os quais devem chegar a 4% do PIB. Pessimismo O presidente do grupo financeiro Citicorp, John Reed, afirmou ontem em Monterrey (norte do país) que a recessão econômica que afeta o México deve persistir nos próximos 12 a 18 meses. ``No setor financeiro, a crise só será superada em cinco anos", disse Reed, que, no entanto, mantém suas perspectivas positivas a longo prazo. Ele afirmou que o Citibank pretende investir US$ 200 milhões nos próximos anos. Texto Anterior: Mercosul à la carte Próximo Texto: Protesto gera prisões na Argentina Índice |
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