São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995
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Pressão da final aumenta violência

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Corintianos e palmeirenses atribuem à obrigação de vencer uma final o acréscimo no número de faltas, verificado no primeiro jogo da decisão do Paulista.
``No Brasil, não se dá valor a um vice-campeonato. Quando um time chega à final, é tudo ou nada", disse o volante Zé Elias.
``Não dá para negar que a pressão que os jogadores sofrem fica maior quando se aproxima uma decisão", afirmou o técnico Eduardo Amorim, do Corinthians.
A partir da segunda fase do Paulista-95, o número médio de faltas por jogo aumentou.
Na primeira fase, em que se classificavam 7 dos 16 clubes da Série A-1, a principal do campeonato, a média foi de 48 por jogo.
Na segunda fase, em que só o campeão de cada grupo ia à final, o número de faltas subiu para 50.
No primeiro jogo da decisão, entre Corinthians e Palmeiras, foram cometidas 55 faltas.
Já na final entre Grêmio e Corinthians, em junho, pela Copa do Brasil, foram feitas 65.
``Os jogos decisivos são mais truncados", explica Carlos Alberto Silva, técnico do Palmeiras.
No Paulista-93, a média de faltas foi de 46. No de 94, de 48.
Segundo o Datafolha, o tempo médio de bola em jogo está decrescendo. Em 93, foi de 54min28s. Em 94, de 49min52s. Em 95, foi de 49min14s até o final da segunda fase. O primeiro jogo da decisão teve apenas 34min38s.
Segundo o atacante Muller, o fato de o Corinthians ter perdido três decisões para o Palmeiras na década de 90 aumenta a rivalidade.'
Amorim pede aos corintianos se esquecerem das últimas decisões. ``Temos só que jogar futebol."

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