São Paulo, domingo, 6 de agosto de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Vendas de imóveis têm pior desempenho
RODRIGO AMARAL
Anteriormente, a pior perfomance do setor havia sido registrada em março de 1990, primeiro mês do governo Collor, quando a velocidade de vendas foi de 4,4%. O Secovi entrevistou 40 construtoras que atuam na capital. A pesquisa confirma a crise que o setor vive desde a edição da medida provisória 1.053, em 1º de julho. A MP proibiu a cobrança do resíduo inflacionário e atingiu os contratos de longo prazo com financiamento direto das construtoras. O resíduo é uma parcela extra cobrada no 13º mês de contrato, que repassa ao comprador aumentos de custos mensais das obras. Como desde março de 94 os contratos passaram a ser reajustados somente uma vez por ano, esses aumentos não podem ser adicionados às prestações mensais. As construtoras dizem que não podem arcar sozinhas com os aumentos de custos e preferem não vender a vender sem o resíduo. Prova disso é que as unidades à venda em julho caíram para 4.500 unidades, contra 9.927 de junho, conforme dados do Secovi. O Plano Melhor, sistema de financiamento próprio formado pelas construtoras Goldfarb e CGN/Galli, registrou, em julho, a venda de apenas uma das mais de 2.000 unidades à venda. ``Foi um negócio fechado à vista", explica Tomás Nioac Salles, diretor da Goldfarb. A situação não deve melhorar em agosto. O Secovi desistiu de procurar de contrato que se enquadre à MP 1.053 e aposta em uma solução política para o problema. A crise ameaça as vendas no 2º Salão do Imóvel, que começou ontem no Ibirapuera. Muitas construtoras cancelaram os lançamentos que fariam no evento. (RAm) Texto Anterior: Publicitário opta por sala "limpa" Próximo Texto: Capital externo, o primeiro passo Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |