São Paulo, quinta-feira, 10 de agosto de 1995
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Polícia apreende 80 kg de cocaína em SP

DA FOLHA VALE; DA FOLHA NORTE

O Denarc (Departamento de Narcóticos) apreendeu ontem em Caraguatatuba (190 km de SP) aproximadamente 80 kg de pasta-base de cocaína. A droga, avaliada em R$ 4 milhões, teria como destino a cidade de São Paulo.
A apreensão de cocaína pura foi a segunda maior realizada este ano pela polícia no Estado. Há dois meses, cerca de 180 kg foram apreendidos em São Paulo.
Os 80 kg seriam suficientes para produzir 400 mil pedras de crack -droga feita com a mistura de cocaína com bicarbonato de sódio.
A droga estava escondida no forro de uma casa de veraneio, na região central de Caraguatatuba. As três pessoas presas teriam admitido o tráfico, mas disseram no Denarc, em São Paulo, que só iriam se pronunciar em juízo.

Crack
A Polícia Federal fez ontem de madrugada em São José do Rio Preto (451 km de São Paulo) a maior apreensão de crack da região: 1,785 kg. A droga está avaliada em cerca de R$ 35 mil.
O comerciante Mario Sergio Costa, 30, conhecido como Esquerdinha, sua mulher, Clizeide Martins da Silveira, 26, de Rio Preto, Luiz Terroni, 31, e Amilton Cardozo de Oliveira, 35, de Ribeirão Preto (SP), foram presos.
Os quatro negam serem donos das pedras e envolvimento no caso. Oliveira e Terroni disseram à Folha que não sabiam que transportavam drogas. ``Só ficamos sabendo que era crack quando fomos abordados pelos policiais."
A maior apreensão da droga feita no Estado foi em Ribeirão Preto, em 14 de junho, quando quatro pessoas foram presas com 11 kg.
O comerciante Esquerdinha é considerado pela polícia o mais antigo traficante de Rio Preto. Segundo o delegado José de Nazareno Rodrigues, 48, ele fornecia cocaína na região desde os anos 80.
A PF acredita que Esquerdinha tenha sido um dos responsáveis pela entrada do crack na região, há três anos. Ele vinha sendo vigiado por policiais federais desde maio.
Os quatro acusados foram presos em flagrante e indiciados por tráfico de drogas. Segundo a lei de entorpecentes, o crime é inafiançável, e a pena varia de 3 a 15 anos.

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