São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 1995
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A volta da Arena; A volta do casuísmo; Tudo outra vez; Nome estratégico; Fazendo volume; No meio; Velocidade moderada; Oposição virtual; Enquanto isso...; Emprego

A volta da Arena
O novo partido de Maluf -PPR, PP e parte do PTB- preocupa do Planalto ao PMDB, do PSDB à ``esquerda". Sua aliança com o PFL teria cerca de 200 deputados, quase metade da Câmara. É rolo compressor.

A volta do casuísmo
No demorado e afável encontro de ACM e Maluf, ontem, surgiu uma idéia que pode ser a primeira consequência da aproximação do PFL com o novo partido: reeleição já, também para prefeitos, mas só em cidades onde há 2º turno.

Tudo outra vez
O Planalto foi pego de surpresa com a formação do novo partido. Não estava nos planos de FHC ter que administrar uma alteração na composição de forças de sua base de apoio. Já se prevê no governo novas pressões por cargos.

Nome estratégico
O novo partido surgirá da fusão só de PPR e PP. O PTB vai pela metade e a sigla continuará existindo. Explica um dos fundadores da nova agremiação: ``Tive muito trabalho para tirar o PTB do Brizola para dá-lo de graça agora".

Fazendo volume
Além dos cerca de 80 deputados federais e 13 senadores, o novo partido nasceria com cerca de 250 deputados estaduais e 900 prefeitos. Com as defecções, estes números devem cair para 200 e 800. Só perde para PMDB e PFL.

No meio
Os pefelistas gostaram do novo partido de Maluf também por uma questão de marketing: a nova sigla terá um perfil ``mais à direita" e, assim, empurrará a imagem do PFL mais para o ``centro".

Velocidade moderada
De Esperidião Amin, inspirado em uma frase de pára-choque de caminhão, sobre o ritmo da fusão do PPR com o PP: ``Se correr, o guarda multa. Se parar, o banco toma". Nada a ver com o Bamerindus de Andrade Vieira.

Oposição virtual
Ontem, dia da votação da emenda que quebra o monopólio estatal nas telecomunicações, só algumas faixas rodeavam o Congresso: ``Telecomunicações. O Brasil está de luto". Tanto dentro como fora, nenhum manifestante.

Enquanto isso...
Enquanto o Senado quebrava o monopólio estatal nas telecomunicações sem sombra da oposição, os presidentes da UNE, Orlando Jr., e CUT, Vicentinho, se reuniam em São Paulo para montar a campanha contra as reformas.

Emprego
FHC recebe Luiz Antônio de Medeiros e uma delegação da Força Sindical hoje, no Planalto. Vão tratar de desemprego. O problema aflige a central, que é a mais próxima do governo.

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