São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 1995 |
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PM investiga cartas de traficantes no Rio
RONI LIMA
A investigação está sendo feita a partir da descoberta de cartas em um acampamento de traficantes na sexta-feira à noite no Parque Nacional da Tijuca (na Floresta da Tijuca, zona norte do Rio). O acampamento vinha sendo usado como esconderijo por traficantes da região. Lá os policiais encontraram também telefones celulares, armas, munição e dezenas de quilos de mantimentos. O comandante do 6º BPM, coronel Valmir Alves Brum, disse que desde 9 de julho sua equipe já descobriu cinco acampamentos de traficantes no parque -três deles estavam desativados. Os acampamentos são utilizados como esconderijo por traficantes que dominam a venda de drogas em favelas da zona norte que dão fundos para a Floresta da Tijuca. ``Como estamos dando buscas constantes nas favelas, o único refúgio que eles têm é a mata", afirmou Brum. Entre o material apreendido, há cartas e bilhetes endereçados a traficantes como Ricardo Ferreira da Conceição, o Cabarra, e Marcelo Lucas da Silva, o Café. Os dois comandariam o tráfico no complexo do morro do Andaraí (zona norte), uma região atualmente em conflito devido à disputa pelos pontos de drogas. Segundo Brum, as cartas trazem nomes, endereços e telefones de pessoas ligadas ao tráfico. Sem dar detalhes, o coronel disse que são citados nomes e telefones no Rio e em outros Estados. Segundo ele, o acampamento foi montado pela quadrilha de Cabarra e Café. Em uma área de 50 metros quadrados, foi erguida uma barraca em madeira. Foram apreendidos oito colchonetes, três fuzis, 0,5 kg de maconha e 1.700 papelotes de cocaína. Além de garrafas de bebidas alcoólicas, como cerveja, os policiais militares encontraram 13 quilos de café, 22 quilos de feijão e 20 quilos de macarrão, entre outros alimentos. Texto Anterior: O fumo e a morte prematura Próximo Texto: Encontro cobra cumprimento de estatuto Índice |
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