São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 1995
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Senna ainda é nome que vende

FRANCISCA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

O nome Senna vende, 15 meses depois da morte do piloto. E muito. As empresas licenciadas para operar com a marca Senna em todo o mundo devem gerar negócios da ordem de US$ 200 milhões desde o segundo semestre de 1994 até o final de 1997.
A estimativa é de Celso Luiz Lemos, diretor-geral da A.S. Licensing, empresa que administra o licenciamento para uso da imagem do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna (1960-1994).
Só a A.S. Licensing deve faturar US$ 16 milhões no mesmo período. Dessa cifra, metade deverá vir com o Senninha, personagem de história em quadrinhos.
Vale ressaltar que todo o faturamento da empresa licenciadora destina-se ao Instituto Ayrton Senna, presidido pela irmã do piloto, Viviane Senna Lalli.
Desde a sua fundação, em julho de 1994, na Inglaterra, o instituto, que não tem fins lucrativos, já recebeu recursos de US$ 5 milhões, gerados exclusivamente pelo licenciamento, diz Lemos.
Até o momento, são dez empresas que operam com a marca Senna, 21 com o Senninha e mais 20 só com a imagem de Senna.
Tudo começou em 1990 quando o piloto abriu a empresa. O primeiro produto a levar seu nome foi uma lancha de 42 pés, fabricada pela Cobra.
A maioria dos produtos é desenvolvida e comercializada fora do Brasil. Em outubro, chega ao país a moto de 916 cilindradas.
Também devem chegar neste segundo semestre bicicletas italianas esportivas. O lançamento -já em sua segunda coleção-, na Europa, acontece dia 5 de setembro, em Milão. A primeira coleção foi totalmente vendida e nem chegou ao Brasil.
O preço da bicicleta pode variar de R$ 700 a R$ 4.000.
A moto, cuja produção mundial é de 300 unidades por ano, vai custar, no Brasil, cerca de R$ 45 mil. Já foram vendidas 300 unidades no mundo inteiro.
A próxima novidade -óculos escuros- está para chegar às vitrines das lojas brasileiras depois de ser lançada em Milão.
Outro sucesso de vendas são as revistas com o personagem Senninha, lançado em fevereiro do ano passado pelo próprio Senna.
A venda mensal é de 170 mil exemplares -começou com 50 mil. Além de revistas, Senninha aparece em roupas, lancheiras, copos e brinquedos.

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