São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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``Presidente é um cadáver insepulto"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, disse ontem que, com o recuo na intervenção do Banco Econômico, o governo morreu politicamente e passará a ter dificuldades no Congresso.
Brizola declarou que o presidente Fernando Henrique Cardoso é um ``cadáver insepulto". Segundo ele, ``ninguém mais vai acreditar" nas propostas do governo, que fica ``debilitado, enfraquecido".
O ex-governador, que deu entrevista pelo telefone à rádio Guaíba, de Porto Alegre (RS), disse que FHC deveria renunciar.
``Se ele tivesse amor ao país, se retiraria do governo", deixando o comando para quem tivesse ``mais pulso e capacidade".
Para Brizola, FHC mostrou ser ``vacilante e despreparado" para o cargo e defendeu a queda da diretoria do Banco Central por tomar medidas ``lesivas" ao país, que está ``entregue a uma quadrilha, um grupo de charlatães".
Segundo ele, o governo está empenhado em privatizar e, na hora do fracasso de uma empresa privada, caso do Econômico, estatiza, ``exatamente" como fez o regime militar (64-85).
O pedetista disse que o Plano Real está transformando o Brasil em grande centro internacional de ``negociatas".

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