São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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Banespa muda para manter liderança

CLÁUDIA PIRES

Reestruturação e corte de funcionários visam manter, neste ano, resultado semelhante ao de 94
A Banespa S/A Corretora de Câmbio e Títulos teve de passar por um processo de reestruturação para manter em 95 resultados como os de 94.
Entre as medidas adotadas estão a redução do número de funcionários e o planejamento tributário.
Segundo Hamilton Chohfi, diretor-presidente da corretora, a empresa aumentou seu patrimônio real em 26% no primeiro semestre, o que significou ingresso líquido de R$ 400 milhões nos fundos da corretora.
``Em dezembro de 94, tínhamos 2,2% do mercado, participação que foi ampliada para 3,7% em junho de 95", afirma.
A empresa cortou 30% dos gastos com pessoal. ``Passamos de 518 para 417 funcionários. Também diminuímos o número de diretores de cinco para três e vendemos veículos e linhas de telefone ociosas", diz.
A corretora implantou programas de demissão voluntária e de incentivo à aposentadoria. Tudo foi acompanhado por um novo planejamento tributário, o que propiciou a devolução de R$ 216 milhões aos cofres do banco no primeiro semestre.
O lucro semestral líquido da corretora foi de R$ 52 milhões. O patrimônio fechou em R$ 403,2 milhões, com retorno de 12,9%.
A direção da corretora Banespa evita falar dos problemas que levaram o banco a sofrer intervenção do Banco Central em 30 de dezembro do ano passado. Mas não nega que tenha sentido os reflexos.
``Num primeiro momento, fomos afetados. Qualquer banco vive ancorado à credibilidade. E nossos pontos de venda são os mesmos que os do banco", diz.
Ele afirma, no entanto, que os bons resultados acabaram por trazer de volta vários clientes.
Segundo o presidente da corretora, o Plano Real determinou uma readequação de todas as instituições financeiras do país. Ele acredita que a estabilização econômica será alcançada, assim como a queda gradual das taxas de juros.
Chohfi afirma também que a corretora estará trabalhando voltada para uma perspectiva de alta no mercado acionário, devido ao declínio gradual das taxas de juros e a estabilização dos juros internacionais.
A empresa também pretende continuar a captar recursos no mercado internacional por meio de sua subsidiária em Luxemburgo. ``Começamos com apenas US$ 1 milhão, mas devemos conseguir bem mais neste semestre", afirma.
Outro negócio que deve continuar crescendo, segundo o diretor, é a ``garimpagem" de investimentos junto a várias empresas estatais, como Cesp e Eletropaulo.

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