São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995 |
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Professores questionam a imposição do projeto
FERNANDO ROSSETTI
A secretária da Educação, Rose Neubauer, afirma que o projeto ``foi muito discutido pela sociedade" nos seis meses que antecederam a eleição para governador, no segundo semestre do ano passado. ``Agora o projeto é uma meta do governo do PSDB que vamos conseguir alcançar", diz. O grupo petista envolvido com educação -que têm como lastro para suas posições as bem-sucedidas administrações do ensino na cidade de São Paulo e em Santos (1989-92)- discorda. ``Não se melhora a qualidade do ensino sem o compromisso dos educadores, dos pais, de todos os envolvidos no processo", afirma a deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT). Secretária da Educação de Santos na última gestão petista, Prandi considera que o plano atual ``não leva em conta a questão da cidadania. É um projeto econômico". O ex-secretário da Educação Municipal de São Paulo (90-92), Mario Sergio Cortella, 41, diz que ``o projeto não fala em melhorar o 2º grau e em alfabetização de adultos -prevista na Constituição" O presidente da Apeoesp (o maior sindicato de professores do Estado), Roberto Felício, 43, questiona, como os dois ex-secretários, a proposta de municipalização do ensino de 1ª à 4ª série. ``A municipalização pode levar a uma pulverização da educação estadual e da própria categoria, que perde sua força de pressão", afirma. Com isso, os salários dos professores e o investimento na educação básica ficariam dependendo da vontade e disponibilidade de recursos dos governos locais. (FR) Texto Anterior: OS PRINCIPAIS CUSTOS DO PROJETO Próximo Texto: O QUE SERÁ FEITO NA REDE DE ENSINO Índice |
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