São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995 |
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Balança tem equilíbrio em julho
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Após oito meses de déficits consecutivos, a balança comercial (exportações menos importações) brasileira registrou em julho um pequeno superávit de US$ 2 milhões (as exportações superaram as importações nesse valor).Mas os dados de comércio exterior consolidados pelo Ministério da Indústria e do Comércio informam que o resultado de julho indica um resultado negativo no ano. ``O resultado da balança comercial em sete meses mostra crescimento pequeno das exportações de 6,77%, comportamento que permite supor que o ano se encerre com déficit comercial", informa o documento divulgado ontem. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, não quis fazer previsões para os resultados deste ano. Ele disse ontem que o processo de abertura do país é novo e que não há segurança para projeções deste semestre. Em janeiro, a perspectiva do governo era atingir saldo positivo de US$ 5 bilhões em 95 -depois reavaliado em US$ 2 bilhões. Mendonça de Barros disse apenas que este desempenho do comércio projeta uma situação mais tranquila para 1996. ``É o primeiro sinal consistente que sugere melhoras nos próximos meses". O saldo positivo de US$ 2 milhões em julho foi provocado pela queda das importações no período. Os automóveis (-74,5% nas importações) e combustíveis e lubrificantes (-30,2% nas importações) prevaleceram na redução. O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e do Comércio, Maurício Cortes, disse que o acúmulo de estoques de carros importados e a normalização da compra de combustíveis diminuíram a pressão sobre as importações. As exportações no mês somaram US$ 4,004 bilhões, e as importações, US$ 4,002 bilhões. De janeiro a julho, as exportações totalizaram US$ 25,453 bilhões e as importações US$ 29,718 bilhões. Segundo Mendonça de Barros, há ainda 55 mil veículos estrangeiros internalizados mas não registrados. Eles vão representar uma pressão de mais US$ 600 milhões nas importações deste ano. Ele afirmou também que as compras de Natal devem influenciar os resultados dos próximos meses. ``Certas sazonalidades aparecerão. As importações devem ter patamares elevados, mas não como os registrados no primeiro semestre", declarou. As exportações de julho foram 7,12% superiores às de julho de 94 (US$ 3,73 bilhões). Próximo Texto: Incêndio apagado; Choque cultural; Saldo da viagem; Preço da guerra; Política global; Barateando a jóia; Pedra de Moscou; Contas novas; Concorrência eletrônica; Com precedente Índice |
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