São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995 |
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Villeneuve espera levar a `química' à Williams
MAURO TAGLIAFERRI
A expressão inglesa significa, literalmente, química. Mas pode ser interpretada por entrosamento. O canadense estreou na Indy em 94 na equipe de Gerald Forsythe e Barry Green. Com o fim da parceira, ficou com Green em 95. Acertou. Não só por ser amigo do patrão, mas pela empatia com os colegas de trabalho. Trata-se de um time de jovens -Villeneuve tem 24 anos- ambiciosos. ``Depois da primeira temporada, sentimos que havia uma grande química no time, uma grande combinação entre mim, os mecânicos e engenheiros", disse o piloto no fim-de-semana passado, na pista de Mid-Ohio (EUA). Villeneuve tentará usar a mesma fórmula na Williams em 96. ``Mas a química é algo que se constrói com o tempo", afirmou. Com dois ingredientes dessa combinação os ingleses podem contar: frieza e uma predileção especial pela vitória. ``Não vou para a F-1 em busca de um desafio, mas para fazer o que faço aqui na Indy: ser competitivo e vencer corridas", falou. ``Se a F-1 fosse um sonho para mim, já teria ido para lá há uns dois anos e para uma equipe que se classifica em 20º lugar todas as vezes", acrescentou o canadense. ``Corridas nunca foram um sonho para mim porque nasci e cresci nesse meio. Sabia que estaria correndo um dia e isso não era um sonho, mas uma certeza. E não faço questão de estar na F-1, mas sim de ser competitivo e vencer." E vencer é um verbo que Villeneuve só conjuga no futuro. ``A vitória nas 500 Milhas (de Indianápolis, em maio) foi ótima, mas já esqueci. Se você só tem uma única boa performance e se apóia nela, isso é ridículo, não há futuro nisso", afirmou o piloto. Sucessor Barry Green ainda vai escolher o substituto de Villeneuve em 96. Uma coisa é certa: manterá a estrutura com a qual está prestes a conquistar o campeonato da Indy, mesmo se perder o patrocínio dos cigarros Player's. Christian Fittipaldi foi um dos pilotos sondados para suceder Villeneuve. Houve uma reunião entre Green e o empresário de Christian, Fernando Paiva, na segunda-feira. Mas as negociações não evoluíram e o brasileiro deve mesmo ir para a Newman/Haas. ``Podemos acertar tudo até o final da semana", disse Christian, que conversou com Carl Haas, co-proprietário do time, anteontem. Texto Anterior: Seis pilotos disputam três vagas nas `grandes' Próximo Texto: Seles retorna com vitória ao circuito oficial Índice |
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