São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995 |
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Estado subestima passado da ex-capital
MAÉRCIO SANTAMARINA
Antolinda Borges, 65, diretora do Museu de Arte Sacra, diz que o governo investe apenas no turismo de lazer e se esquece da parte histórica e cultural de Goiás. Os casarões coloniais, incluindo onde nasceu a poetisa Cora Coralina (1889-1985), e as igrejas em estilo neogótico são os principais atrativos da cidade, circundada pela serra Dourada e banhada pelos rios Vermelho e Bagagem. Goiás Velho, como também é conhecida, foi, segundo Antolinda, a primeira cidade brasileira a ser tombada pelo Patrimônio Histórico, em 1952. Durante as décadas de 50 a 70, muitas casas foram modificadas. Entre os pontos turísticos da cidade estão as igrejas da Boa Morte, de São Francisco, da Abadia, do Carmo e de Santa Bárbara. O Palácio Conde dos Arcos, na praça da República, com 240 anos de construção, vira sede do governo goiano todo ano durante três dias do mês de julho. Fora desse período é um museu. Outra atração são os chafarizes de Cauda e da Carioca. A fonte da Carioca é conhecida como o local em que Anhanguera colocou fogo em uma bacia com álcool, dizendo ser água, ameaçando os índios de incendiar os rios se eles não mostrassem de onde retiravam ouro. Na igreja da Boa Morte, construída em 1779 sobre o alicerce de uma das casas do Anhanguera, foi instalado em 1964 o Museu de Arte Sacra, onde está o maior acervo (19 peças) do escultor Veiga Valle, conhecido como o Aleijadinho de Goiás. Texto Anterior: Saiba evitar problemas no rio Próximo Texto: Projeto resgata cultura carajá Índice |
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