São Paulo, sábado, 19 de agosto de 1995 |
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O Grupo A será mais difícil do que o B
MATINAS SUZUKI JR.
Como, no máximo, dois deles se classificarão, os times do Grupo B, na teoria (na teoria, a prática é outra, não é mesmo?), já largam com alguma vantagem. O campeonato reflete o imperialismo econômico-futebolístico paulista: um terço dos times é do Estado de São Paulo. (Com mais times, evidentemente, também são maiores as chances de uma equipe paulista estar nas finais. Portanto, é bom desconfiar de certo ufanismo que anda colocando faixas por aí...). Também reflete a força crescente dos gaúchos no futebol: o Rio Grande do Sul tem três times no Brasileiro: Grêmio, Inter e a filial da Parmalat, o Juventude. Vai ter baile funk no céu da Vila Belmiro: Santos contra Anjos, que é o nome do técnico do Goiás. O Goiás ficou em 5º lugar no campeonato goiano. Dá para entender? O Santos reforçou a defesa, vem mantendo a mesma base e conserva o técnico Joãozinho por quase um ano. Os resultados podem não ter sido maravilhosos até agora, mas o caminho é OK, certo? No clássico verde dos paulistas (não é curioso que, entre os grandes times do Rio, não haja nenhum em que a cor verde seja exclusiva? O trem das cores dos clubes esconde, sempre, sábios projetos), algumas ausências e boas novidades. As lacunas: vai ser difícil olhar o mundo e não ver o rei Roberto ``Eu Sou Terrível" Carlos disparando pelo flanco esquerdo. E a ainda falta inconsolável do Amoroso, já que o João Gilberto anda cantando por aqui. Mas o Cafu é. E o Guarani estréia uma das gratas revelações do Paulista: o zagueiro Sangaletti, que se lançou na missão difícil de defender o Juventus. A checar, moçadinha, a checar... Por falar no bugre, outro dia o Luís Fernando Veríssimo lembrava que bugre vem de búlgaro e tinha um significado de balançar a retaguarda de qualquer time. Em mais um tira-teima do Mercosul, a teen-bolada brasileira meteu uma tripleta nos miguelitos argentinos. Vai com gana contra Gana, que têm sido bem bacana nos menores de 17 anos. Teen, teen. Para minha tristeza, a gazela holandesa Marco Van Basten pendurou as chuteiras. Meninos eu vi (e esse é um dos troféus da minha memória afetiva, que é quase tudo no futebol): ele e o rude Gullit virando em cima do Napoli, de Maradona e Careca, em pleno San Paolo, para ficar com o ``scudetto" da temporada 87/88. Felicidade, feliz cidade: João, Melodia, Marisa, Djavan, Caetano (vem aí). Seguuura, peão!!! Texto Anterior: Time prioriza ganhar tudo em seu estádio Próximo Texto: Ainda faltam sete Índice |
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