São Paulo, sábado, 19 de agosto de 1995
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Escola militar dos EUA perde sua única mulher

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A mulher que conseguiu ser admitida numa academia militar depois de dois anos e meio de batalhas judiciais resolveu ontem deixar o serviço, cinco dias após ter iniciado seu treinamento.
Shannon Faulkner, 20, foi admitida em 1992 na escola conhecida como Cidadela, na Carolina do Sul (Costa Leste dos EUA), porque seus documentos escolares não revelavam o fato de ela ser mulher.
Quando seu sexo foi descoberto pela direção da academia, ela foi recusada. Faulkner processou a escola para ser readmitida. O processo terminou na Suprema Corte, que decidiu a favor de Faulkner.
Na segunda-feira passada, primeiro dia de seu treinamento militar, Faulkner desmaiou por causa do calor e do esforço físico. Foi internada com vômitos, diarréia e está à beira de uma desidratação.
Ontem, o seu pai foi buscá-la na academia e a levou de volta para casa.
Grupos feministas estão divididos entre a solidariedade e a condenação a Faulkner. Os que a condenam acham que ela deveria ter se preparado melhor.
(CELS)

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