São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995 |
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Tropeiro faz a festa, mas ganha pouco
SEBASTIÃO NASCIMENTO
Mas saem sempre anônimos da arena e rendem pouco dinheiro para seu proprietário. ``Os dez animais que levei para a festa (cinco touros e cinco cavalos) vão me render cerca de R$ 2.000, R$ 200 cada", diz o tropeiro Carlos Alberto Garieri, 40, mais conhecido como Madrugada. Tropeiro há 13 anos, Madrugada considera seu cachê baixo quando comparado aos das duplas sertanejas ou aos prêmios dos peões (R$ 20 mil). ``Sem os tropeiros, o grande circo do rodeio nunca poderia ser armado", diz Madrugada. Mas a baixa remuneração não desanima o tropeiro. ``Não posso ficar longe da arena. Nasci na fazenda e frequento rodeios desde criança", diz ele, que participa de 50 festas por ano. Uma de suas ``feras" em Barretos é a égua Índia, uma cruza de quarto-de-milha com puro-sangue inglês, de oito anos de idade, que já derrubou muito peão pelo interior afora. Segundo Madrugada, que treina a égua desde os dois anos na fazenda Santo Antônio, em Itápolis (360 km a noroeste de São Paulo), quem conseguir ficar os dez segundos no lombo da Índia será um dos favoritos nas finais. Em 1992, o peão Virgílio Gonçalves conseguiu a façanha e faturou uma camionete Mitsubishi. FESTA DO PEÃO DE BOIADEIRO: Até domingo, em Barretos (SP). Informações pelo tel. (0173) 22-4866. Próximo Texto: Quanto mais xucro melhor Índice |
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