São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995
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FHC ataca 'politização' do caso Econômico

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso lamentou ontem, em entrevista coletiva, o que chamou de ``politização" da intervenção no Banco Econômico e se disse interessado em saber quais são os responsáveis pela quebra do banco, para que sejam levados aos tribunais.
``É curioso que o debate saiu do principal", queixou-se o presidente. ``O principal é como é que esse banco chegou a esse estado. Quem são os responsáveis por isso, que não são eu, nem o senador Antônio Carlos (Magalhães, PFL-BA) e nem o Banco Central", disse.
O presidente ressalvou: ``Eu não quero prejulgar. Nunca entrei no Econômico, nunca vi os livros".
FHC disse que somente ``no médio prazo" o Banco Central vai poder ter de volta os mais de R$ 3 bilhões que emprestou ao Econômico antes da intervenção.
O presidente explicou como deve ser entendida a determinação de não colocar mais dinheiro público no banco: ``Nós não vamos pagar para que os donos do banco fiquem com o banco nem vamos pagar para que haja uma solução em que os novos proprietários levem a custo zero o banco", afirmou.
FHC disse que o BC estuda a melhor forma de reaver o dinheiro injetado no Econômico, de garantir os depositantes e, se possível, reabrir o banco.
O presidente não respondeu a uma pergunta: se autorizaria a entrada de recursos para salvar o Econômico. ``Em tese, eu não respondo nada, eu não sei", disse.
FHC disse ainda ser ``insustentável" a taxa de crescimento da economia entre 12% e 15%, registrada nos últimos meses. Disse que a manutenção desse índice trará de volta a inflação.
O presidente inaugurou no hall do Palácio do Planalto exposição com 50 fotografias em que ele é o tema principal. O evento foi organizado pelos fotógrafos credenciados pela Presidência.

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Sobre a entrevista de FHC à pág. 1-10. A íntegra está nas págs. 1-11 e 1-12

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