São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995 |
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MP quer abrir contas de quinze PMs do Guarujá
DA REPORTAGEM LOCAL O MPE (Ministério Público Estadual) pediu a quebra do sigilo bancário de 15 oficiais da PM que estão sendo acusados de participar da ``caixinha" do 21º Batalhão da PM no Guarujá (87 km a sudeste de SP).A ``caixinha" teria movimentado US$ 500 mil entre dezembro de 93 e janeiro de 94. O dinheiro faria parte de um esquema de segurança privado chamado ``fiscais de praia" irregular montado no Guarujá, com a participação da prefeitura da cidade. O pedido de quebra de sigilo bancário foi feito na semana passada pelo promotor Luiz Roque Lombardo Barbosa, corregedor do TJM (Tribunal de Justiça Militar). Ele está sendo analisado pelo juiz-corregedor Paulo Marafanti. A quebra do sigilo é a última providência do MPE para concluir o IPM (Inquérito Policial Militar) que investiga o caso. Entre os policiais investigados estão o ex-comandante e o ex-subcomandante do 21º Batalhão, cinco capitães e oito tenentes. Todos os oficiais negaram as irregularidades durante seus depoimentos no IPM. Em depoimento, o prefeito do Guarujá, Ruy Gonzales, afirmou que a acusação é uma armação de seus opositores políticos. A investigação começou em abril de 94. O trabalho de segurança privada teria sido montado para patrulhar as praias da cidade no verão. Os policiais do batalhão teriam entrado em uma escala paralela de serviço e trabalhavam como ``fiscais de praia" para o esquema durante as folgas. A justificativa para o esquema seria a existência de um convênio entre o batalhão e a prefeitura. Só que o convênio não teria sido autorizado pela Secretaria da Segurança Pública. O esquema foi denunciado por PMs que não receberam o pagamento. Quando pagos, teriam sido aconselhados a não depositar o dinheiro em bancos. Texto Anterior: Neblina obriga Dersa a fazer 15 comboios Próximo Texto: Carteiros entram no sexto dia de greve em SP Índice |
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