São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995 |
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Festival termina sem novidade
LUÍS ANTÔNIO GIRON
A versão do ``Anel", do encenador Alfred Kirchner e do maestro James Levine, ganhou mais consistência em relação a 1994. O esplendor ``fashion" da cenógrafa e figurinista alemã Rosalie obnubila a direção cênica. O barítono norte-americano John Tomlinson (Wotan) foi o destaque. Outro barítono, o austríaco Bernd Weikl, dominou um ``Parsifal" em ``slow motion", regido por Giuseppe Sinopoli e encenada por Wolfgang Wagner. ``Tristão e Isolda", de Heiner Mller, surpreedeu pelo rigor cênico e a soprano Waltraud Meier. O ``Tannhãuser" de Wagner e Runnicles despediu-se do evento com melancolia. Runnicles faz uma abordagem colorida da partitura. A característica estática das atuações, própria de Wagner, teve alta ressonância; parte do público roncou durante as longas récitas. O cume da ópera está no começo, no bacanal. Escândalo maior do século 19, a cena pareceu um balé escolar. Salvou-se o baixo Hans Sotin (Hermann), há 30 anos em Bayreuth. (LAG) Texto Anterior: Runnicles quer reger `Anel' do século 21 Próximo Texto: Brasileiros interpretam árias e duetos Índice |
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