São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995
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M-People se apresenta em SP

MARCEL PLASSE
ESPECIAL PARA A FOLHA

O grupo inglês M-People toca hoje e amanhã no Olympia, com abertura de Edu K.
O show é uma versão com banda (dez integrantes) para os hits do grupo, criados com recursos eletrônicos de estúdio. ``É igual aos discos, só que com maior espontaneidade", diz o baixista Paul Heard.
A Folha falou com o baixista do M-People no hotel Maksoud, onde o grupo está hospedado.

Folha - O que significa M-People ganhar prêmios que costumam ir para o rock, como o Mercury (principal premiação da música inglesa)?
Paul Heard - Interessa à indústria, porque ajuda a vender discos. Sobre a dance disputar espaço com o rock, essa tem sido a atitude mais comum hoje na Inglaterra. O público que frequenta nossos shows também é fã de Oasis, Massive Attack e Bjõrk.
Nem a gente se vê como uma banda que faz exclusivamente dance music. Incorporamos blues, soul e ritmos latinos.
Folha - O grupo Orange Juice, do qual você participou, misturava dance com pop há dez anos. Estava à frente da época?
Paul - Muito. Foi o primeiro grupo britânico a usar referências da dance music americana, sem perder o espírito do pop escocês.
Folha - ``Northern Soul", título do primeiro álbum do M-People, também foi um movimento musical dos anos 60. De onde vem a relação?
Paul - ``Northern Soul" era uma cena bem underground, do noroeste da Inglaterra, limitada a poucos clubs, que tocavam rhythm & blues americano.
Há uma grande similaridade entre essa cena e a forma como a house music começou, nos 80. Tem a ver com a teimosia em tocar o que se gosta, mesmo sendo minoria. No início, diziam que a house nunca ia fazer sucesso.

Show: M-People
Quando: hoje e amanhã, às 21h
Local: Olympia (r. Clélia, 1.517, tel. 011/252-6255)
Preço: de R$ 25 (pista) a R$ 40 (camarote)

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