São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995 |
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CRM pune médicos do AM acusados de fraude
ANDRÉ MUGGIATI
Segundo o CRM, o oftalmologista Luiz Carlos Havas foi cassado porque teria feito cirurgias, consultas e colocação de lentes em pacientes fantasmas (que não existem). Teria ainda cobrado mais de uma vez por consultas e cirurgias. Com a cassação, o profissional perde o direito de exercer a medicina. O ortopedista Teodoro Rogério Ozores e sua mulher, a ginecologista Sheila Brandão Ozores, foram suspensos por 30 dias. Sheila Ozores teria recebido pagamentos por auxiliar cirurgias oftalmológicas das quais não participou. Teodoro Ozores era o diretor da clínica Samel, onde foram registradas as irregularidades. O julgamento do CRM foi realizado no último dia 8. Os médicos recorreram da sentença ao Conselho Federal de Medicina. Até o julgamento do recurso, poderão trabalhar normalmente. As denúncias de irregularidades nos pagamentos aos médicos foram feitas em 91 pelo antigo Inamps, atual INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Os médicos foram processados pela Justiça Federal. No processo, concluído em 92, foram inocentados. Uma funcionária da clínica assumiu a responsabilidade. Ela teria alegado negligência no preenchimento de guias de consultas. O dinheiro pago erroneamente foi devolvido pela Samel, em 92. A Justiça Federal não soube informar o valor devolvido. O CRM entendeu que, embora considerados inocentes pela Justiça, os médicos praticaram crime contra a ética da profissão. Texto Anterior: Máquina de calcular; Trelelé; Mea culpa Próximo Texto: Meninos de rua viram apicultores em Maceió Índice |
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