São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995 |
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Cavallo nega que pretenda deixar cargo
DENISE CHRISPIM MARIN
``Não jogo nem especulo com a minha renúncia", afirmou. Cavallo prometeu se apresentar hoje ao Congresso Nacional para explicar suas denúncias sobre as ``máfias" que estariam envolvidas com atos de corrupção em órgãos do governo e estatais. Sem entrar em detalhes, afirmou que as organizações que pagam subornos atuam em setores do governo como a alfândega, o correio e os aeroportos. Os ``aríetes" desse mecanismo seriam, segundo o ministro, pessoas ligadas aos meios de comunicação e legisladores. Segundo Cavallo, houve denúncias à Justiça, mas os resultados não foram os desejados. ``As denúncias terminaram com a perseguição aos denunciantes. Estamos sendo amedrontados", disse. Ele tentou dissipar as versões de que haveria divergências no governo com relação às denúncias. Afirmou que existe coesão e que ``não há uma briga interna". ``Estou cômodo e me sinto respaldado pelo presidente (Carlos) Menem", afirmou. ``Os boatos de minha renúncia estão se tornando esporte nacional argentino." Cavallo está enfrentando sua maior crise política desde que assumiu a pasta da Economia, em 1991. Se não apresentar os nomes dos envolvidos em práticas de corrupção, pode ficar sujeito a pressões para que renuncie. A Bolsa de Comércio de Buenos Aires fechou ontem em clima de tensão. O índice Merval (que aponta a variação diária das negociações) apontou queda de 2,4%. Bônus A Argentina emitiu bônus em ienes em um valor total de US$ 1 bilhão, informaram ontem representantes do governo do país. Os papéis têm prazo de cinco anos e taxa anual de juros de 5,50%. Os fundos captados em ienes serão destinados ao resgate de títulos da dívida pública argentina. Com agências internacionais Texto Anterior: Loja faz cliente garantir pagamento Próximo Texto: Governo faz reajuste nas cotações do dólar Índice |
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