São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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REPERCUSSÃO

Mário Covas, governador de São Paulo (PSDB): ``Se não houver compensação para os Estados, São Paulo perde muito. Todos que exportam produtos primários vão perder, vão ter prejuízo na receita. Eu sou contra a cobrança do imposto sobre o combustível fóssil e a energia, porque a grande maioria dos Estados menores perderia muito com isso. Mesmo que São Paulo leve vantagem, e leva, eu sou contra".

Roberto Freire, senador (PPS-PE): ``É surrealista. No Brasil, a realidade é inversa. Você tem de criar formas de aumentar o consumo. Essa idéia é resultado de um enfoque profundamente `economicista' da Constituição. O sistema tributário não deve ser instrumento de condução de política econômica".

Sérgio Machado, senador (PSDB-CE): ``Esse empréstimo compulsório é importante como instrumento de política econômica. Hoje, no Brasil, para conter o consumo é necessário aumentar a taxa de juros, o que acaba sendo um ônus para toda a sociedade. O empréstimo compulsório atuaria em setores localizados".

Francisco Dornelles, deputado federal (PPR-RJ): ``Acho que hoje o governo é obrigado a elevar a taxa de juros para absorver o poder aquisitivo, e a taxa de juros não é restituída. Por isso, considero que é um assunto que pode ser examinado".

Michel Temer, deputado federal (PMDB-SP): ``Evidentemente, o compulsório seria utilizado em uma hipótese excepcionalíssima. No caso desta hipótese excepcional, em caso mesmo de calamidade econômica, dá para discutir o assunto. Deixando clara a transitoriedade do compulsório".

Paulo Paim, deputado federal (PT-RS): ``A proposta é um cheque em branco ao governo. O consumidor assina e ainda completa: `Governo, pode tirar o meu dinheiro quando quiser"'.
Alberto Goldman, deputado federal (PMDB-SP): ``Só posso dizer que é um estranho contrabando que surgiu na proposta de reforma tributária do governo".

Saulo Queiróz, deputado federal (PFL-MS): ``É um inciso que não tem a menor probabilidade de ser aprovado, porque significa uma transferência descabida de poder ao Executivo".

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