São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Clientes invadem agência do Econômico em SP

DA REPORTAGEM LOCAL; DAS REGIONAIS; DA AGÊNCIA FOLHA

Clientes da agência do Econômico de São José do Rio Preto (451 km a noroeste de São Paulo) tentaram invadir a agência, fechada por causa da greve dos funcionários do banco. Os clientes queriam fazer saques em dinheiro.
Os correntistas também jogaram pedras e deram socos na porta de entrada da agência. A agência tem 1.500 correntistas e poupadores.
O gerente Eurides Carlos de Lima afirmou que pediu reforço policial para conter os manifestantes. As filas de clientes para o saque começaram às 7h30.
Em assembléia interna, 22 funcionários da agência decidiram aderir à paralisação.
Os funcionários do Econômico na cidade de São Paulo decidiram ontem em assembléia manter a paralisação.
Cerca de 200 dos 1.100 funcionários do banco na capital decidiram marcar nova assembléia para hoje pela manhã para avaliar o movimento já com o resultado da assembléia dos funcionários em Salvador, sede do banco, marcada para a noite de ontem.
As 22 agências do banco em São Paulo e Osasco ficaram fechadas devido à greve, que atingiu 90% das agências da capital paulista, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Não chegou a haver tumulto em São Paulo, apesar de algumas agências terem pedido reforço à Polícia Militar.
Na Bahia, a adesão total à greve dos funcionários do banco Econômico impediu ontem que os 400 mil clientes da instituição na Bahia sacassem até o limite de R$ 10 mil (em conta corrente e poupança) nas 76 agências do Estado.
Os primeiros clientes chegaram às agências às 7h, quatro horas antes do previsto para a abertura.
``Não tenho dinheiro para mais nada", disse a aposentada Elza Amaral, 62, cliente há 40 anos.
O movimento foi maior na agência centro, na rua Miguel Calmon. Cerca de 60% dos clientes de Salvador têm conta nessa agência.
Às 9h, cerca de 700 pessoas, segundo a Polícia Militar, estavam na fila para receber o dinheiro.
A greve impediu a abertura das oito agências do banco em Belo Horizonte. Os cerca de 400 funcionários querem garantias de que vão continuar recebendo os salários e exigem punição para os diretores da instituição.
Também não abriram as oito agências de Fortaleza. Cerca de 1.500 funcionários do banco passaram o dia concentrados em manifestação na praça do Ferreira, no centro da cidade.
Os 250 funcionários do Econômico em Sergipe também aderiram à greve, impedindo a abertura das 11 agências do banco.

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