São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Sem acordo, greve de carteiros pode crescer

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL

ECT descarta conciliação em reunião no Tribunal Superior do Trabalho ; paralisação completa uma semana
Os funcionários dos Correios e a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) não chegaram a acordo na reunião de conciliação feita ontem no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília. A categoria está em greve em São Paulo há uma semana.
A ECT se recusou a pagar o realinhamento das faixas salariais de 7,98%, acertado com a Federação dos Trabalhadores em dezembro passado. A empresa alega que o CCE (Comitê de Controle das Estatais) não aprovou o pagamento. O dissídio da categoria será julgado dia 29.
Por causa da paralisação dos carteiros de São Paulo, a ECT pediu também a abusividade da greve. A capital, os municípios da Grande SP, Sorocaba e Campinas são as principais cidades atingidas.
Os trabalhadores querem ainda readmissão de 1.500 funcionários demitidos, contratação de 4.000 novos empregados e implantação de plano de cargos e salários.
O diretor da federação, José Aparecido de Oliveira, disse que a entidade vai sugerir aos sindicatos a adesão à greve. Algumas bases têm assembléia hoje e decidem sobre a paralisação.
Segundo ele, a federação pediu uma audiência com o ministro Sérgio Motta (Comunicações) para tentar uma nova negociação.
Os funcionários dos Correios de São Paulo decidiram em assembléia ontem pela continuação da greve. A assembléia reuniu 2.000 pessoas, segundo os organizadores, e cerca de mil, nos cálculos da PM, na praça do Correio (centro).
A ECT estima que os prejuízos causados pela greve atinjam R$ 14 milhões. Cerca de 6 milhões de cartas, encomendas, telegramas e impressos deixaram de ser entregues desde o início do movimento, segundo a ECT.
A Telesp adiou o pagamento das contas telefônicas que vencem hoje até segunda-feira. Essas contas são entregues pelos Correios.
Os carteiros de São Paulo realizam nova assembléia hoje, às 15h, para avaliar o movimento.

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