São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Expedição ítalo-brasileira descobre novas cavernas

MYRIAN VIOLETA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Uma expedição formada por 25 brasileiros e 17 italianos, coordenados pela Sociedade Brasileira de Espeleologia, descobriu neste mês (até ontem) 32 novas cavernas na serra da Bodoquena, em Bonito (a 249 km de Campo Grande).
Antes das novas descobertas, a sociedade -responsável pelo estudo de cavernas e grutas no Brasil- tinha 22 cavernas cadastradas na região. Quatro cavernas recém-descobertas estão submersas.
Os estudiosos já fizeram a topografia (descrição da geografia) de 21 cavernas. A maior delas é seca e tem 67 metros de profundidade.
O trabalho começou no último dia 2 e termina amanhã. Biólogos, geógrafos, geólogos e engenheiros estão fazendo um mapeamento de tudo que existe nessas cavernas.
Nas submersas, estão sendo feitos roteiros de mergulho para conhecer os locais em segurança. As informações serão divulgadas em um livro a ser lançado em um ano no Brasil e na Itália.
Segundo José Antônio Scaleante, um dos responsáveis pela expedição, o trabalho já consumiu cerca de US$ 80 mil e está sendo feito para levantar o potencial turístico da região. ``O custo da expedição é bem maior, mas estamos recebendo patrocínios", diz.
A prefeitura de Bonito está fornecendo o transporte, alojamento e alimentação aos cientistas. Uma empresa de São Paulo cedeu o carbureto, composto químico usado para iluminar as cavernas.
Os exploradores encontraram sob as águas diferentes espécies de peixes mas apenas o bagre-cego (peixe que só sobrevive onde não tem luz) foi catalogado. Vários fósseis também estão no fundo das cavernas. Scaleante diz que paleontólogos serão convidados para estudar os achados.

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