São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Acordo tenta evitar novas demissões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Anfavea (associação das montadoras) e o Sindipeças (sindicato dos fornecedores de peças) irão recomendar a seus associados que suspendam as demissões até que se realize negociação com o governo e as centrais sindicais.
O acordo foi fechado ontem pelos presidentes da Anfavea, Silvano Valentino, do Sindipeças, Paulo Butori, da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, Heiguiberto Navarro, e pelo secretário-executivo de Política Industrial, Antônio Sérgio de Mello.
A negociação sobre as demissões no setor automotivo deverá ser realizada na próxima semana. Valentino disse que o acordo não prevê a revisão das 2.000 demissões previstas na GM e na Ford.
A reunião de ontem deveria discutir somente a regulamentação da MP (medida provisória) das cotas de importação de automóveis.
Os representantes dos trabalhadores ameaçaram deixar a mesa de discussões caso as demissões não fossem incluídas na pauta.
O fracasso do encontro de ontem contraria determinação do presidente FHC.
O presidente queria que a negociação da regulamentação da MP das cotas fosse concluída para evitar desgaste com as disputas públicas que vinham ocorrendo em torno da regulamentação da MP. As centrais sindicais e o Sindipeças argumentam que a MP trará demissões em massa.
Anfavea e Sindipeças anunciaram o fechamento de uma proposta conjunta para regulamentação da MP das cotas. A proposta prevê que os carros fabricados no país tenham, no mínimo, 70% peças de nacionais.
As cotas de importação para as montadores ficarão vinculadas ao seus desempenhos de exportação. Pelo acordo, para cada US$ 1 de exportação da empresa, ela poderia importar US$ 1 em veículos e US$ 0,67 em peças.

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