São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995 |
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Ativista diz que polícia quer tirá-lo de Pequim
JAIME SPITZCOVSKY
A iniciativa busca afastar Tong do encontro de organizações não-governamentais (ONGs) dedicadas aos problemas da mulher, que vai ocorrer em Pequim entre 30 de agosto e 8 de setembro. Essa reunião é uma espécie de coadjuvante da Conferência Internacional da Mulher, organizada pela ONU em Pequim entre 4 e 15 de setembro. Na conferência estarão as delegações oficiais. Cerca de 35 mil pessoas deverão participar desses dois eventos, representando mais de 180 países. A Conferência da Mulher deve ser a maior reunião já organizada pelas Nações Unidas. Tong Zeng chefia um grupo não-governamental que busca compensação financeira do Japão às mulheres chinesas usadas como "escravas sexuais (``confort women"). Ele tem um discurso marcado para o encontro de ONGs. A China teme que Tong Zeng promova manifestações. Também quer evitar problemas com o Japão, um importante investidor na economia chinesa. Tong Zeng, em telefonema à agência de notícias "Reuter, disse que a polícia quer forçá-lo a viajar hoje ou amanhã para a província de Guangxi, sul do país. Sua volta a Pequim seria permitida apenas a partir de 16 de setembro, após o encerramento da conferência das Nações Unidas. A China apertou cerco contra seus dissidentes. Teme protestos pró-democracia. O Partido Comunista mantém o monopólio do poder desde que venceu a guerra civil em 1949. Texto Anterior: Relação com EUA é a pior em 16 anos, diz China Próximo Texto: Mulher de O. J. pode ter sido morta por dois Índice |
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