São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995
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Prova no 2º grau seleciona aluno para UnB

DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A UnB (Universidade de Brasília) adotou um sistema de seleção para o vestibular pelo qual os alunos serão avaliados segundo seu desempenho escolar no 2º grau.
Eles vão fazer provas, elaboradas pela universidade, no final de cada um dos três anos que antecedem a entrada na universidade.
A média das três provas vai ser a nota classificatória do estudante. As mais altas médias vão entrar direto na universidade, ocupando o número de vagas disponíveis.
O novo sistema vai começar a vigorar em dezembro de 96. A primeira prova será aplicada em turmas do 1º ano. Apenas no final de 99, quando as três notas dos três anos letivos já estiverem computadas, será possível a entrada dos alunos por esse processo.
As provas serão aplicadas somente nas escolas públicas e particulares do Distrito Federal. O aluno que, por exemplo, tenha cursado o 1º ano do 2º grau em outra cidade, vai ter que dobrar seus esforços para ser aprovado, já que terá nota zero no exame inicial.
O reitor da UnB, João Cláudio Todorov, disse que, caso o MEC (Ministério da Educação) conteste a iniciativa da UnB, estará preparado. ``Temos a garantia do ministro Paulo Renato (Educação) de que, se preciso, ele enviará um projeto de lei ao Congresso autorizando todas universidades a optar pela melhor forma de seleção em seus vestibulares", disse.
A UnB tem dois vestibulares por ano, um em julho e outro em janeiro. A metade das vagas oferecidas em janeiro -o equivalente a 25% do total- será reservada para os alunos que optarem pela seleção em três fases, batizada de Programa de Avaliação Seriada.
Por exemplo: se para o vestibular de janeiro o curso de medicina oferece 30 vagas, 15 estarão disponíveis para o programa. Os alunos selecionados serão aqueles que obtiverem as 15 mais altas médias. Para o mês de julho, fica mantida a forma tradicional de exame. Um mesmo aluno poderá se candidatar pelo sistema convencional e pelo das médias nas provas.
Todorov diz que não se privilegiará quem que tiver cursado os três anos no DF. Segundo ele, o método deixaria fora do vestibular os melhores concorrentes.

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