São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995 |
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Reação química causou explosão em paiol no Rio
ALEXANDRE SECCO
Na prática, o laudo -que será divulgado na próxima semana- vai dizer que a explosão começou espontaneamente, como a queima de fósforo branco, que incendeia ao entrar em contato com o ar. Segundo a Folha apurou, as explosões começaram com um incêndio no paiol de trânsito -onde fica a munição retirada de navios. Nesse paiol também havia amostras de pólvora que seriam usadas em testes e análises de material. O incêndio -na verdade pólvora em combustão- foi provocado pelo contato dessas amostras de pólvora com umidade. Em contato com umidade, a pólvora pode perder sua estabilidade química. Os elementos começam a reagir, se aquecem e iniciam a combustão espontânea. A combustão espontânea é um fenômeno comum na natureza. Um dos elementos mais conhecidos capazes de entrar em combustão espontânea é o fósforo branco. Quando a pólvora começou a queimar, os oficiais de serviço na ilha ouviram ruídos, mas já era tarde para evitar os estragos. O esquema de emergência foi acionado, mas não evitou que outros dois paióis (além do paiol de trânsito) fossem atingidos. O laudo conclusivo coincide com as primeiras hipóteses levantadas pela Marinha para explicar o acidente. No começo da investigação, já se sabia que a origem estava no paiol de trânsito, mas suspeitava-se que munição antiga teria começado as explosões. As hipóteses de atentado e de que a explosão teria sido proposital serão completamente afastadas. Oficialmente, os resultados só deverão ser divulgados na próxima segunda-feira, quando vence o prazo de um mês estabelecido para elaboração do inquérito. O ministro da Marinha, Mauro Cesar Pereira, deveria receber ontem os primeiros informes sobre as causas do acidente. Texto Anterior: CONHEÇA A SUPERSENA Próximo Texto: Avião bimotor cai no Piauí e mata 7 pessoas Índice |
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