São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995 |
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México lança programa de apoio a devedor
FLAVIO CASTELLOTTI
Para José Maradiaga, presidente da ABM (Associação de Banqueiros do México), o problema da inadimplência chegou a um limite insuportável e um programa de apoio aos devedores era urgente. O volume de créditos em liquidação no México ultrapassou os US$ 16 bilhões em julho. A cifra corresponde a quase 20% do total da carteira de créditos outorgados pelo sistema financeiro do país. Segundo o acordo, quem tem dívida de até US$ 800 (78% dos casos) em cartão de crédito pagará juros de 38,5% ao ano, em vez dos 69% que estão em vigor. Para quem tem dívida no crediário (bens de consumo) de até US$ 4.700 (91% dos casos), os juros anuais caem de 65% para 34%. No caso dos créditos inferiores a US$ 31,8 mil concedidos a empresas e ao setor agropecuário (75% dos casos), acordou-se uma redução de 56% para 25% na taxa anual de juros. Todas as medidas entram em vigor no próximo dia 1º e têm validade de 13 meses. O custo do programa está estimado em US$ 2 bilhões e será absorvido em iguais parcelas pelo governo e pelos bancos. A maioria dos banqueiros considera conveniente financiar o programa, pois, por meio dele, poderá renegociar créditos que já estavam na lista dos `incobráveis'. Finanças Nos últimos dias, o dólar vem registrando pequenas altas na Cidade do México. Era cotado em 6,20 novos pesos a compra na semana passada e ontem fechou em 6,40 novos pesos. O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) anunciou novo empréstimo ao México, no valor de US$ 600 milhões. O dinheiro se destinará a programas sociais na região agrícola e ao combate da miséria nas cidades. Texto Anterior: Saúde empresa Próximo Texto: Bundesbank reduz taxa de juros Índice |
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