São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995 |
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De mal; Bola de cristal; Prós e contras; Beco sem saída; Virou mania; Olho no calendário; Um dia após o outro; Preocupação; Bolo; Carga parada
DE MAL Irritados com o ``contrabando" do compulsório dentro do projeto da reforma tributária, líderes governistas prometem reclamar a FHC no próximo encontro que tiverem. Sentem-se desprestigiados por não terem sido consultados.Bola de cristal Dirigentes do PFL apostavam ontem que o governo desistirá da recriação do compulsório prevista na reforma tributária. Há sinais na equipe econômica de que a idéia cairá fora junto com outro ``bode": a quebra do sigilo bancário. Prós e contras A proposta do governo de recriar o compulsório dividiu a Fiesp. Quem é contra fala em mais um imposto e quem é a favor diz que usar a taxa para inibir consumo é melhor do que aumentar os juros e afetar toda a economia. Beco sem saída A volta do compulsório é atacada por empresários. Do presidente da Confederação Nacional dos Transportes, Clésio Andrade: ``Já enfrentamos queda expressiva na atividade econômica. A proposta nos parece absurda e temerária". Virou mania Sempre que o governo envia uma proposição que é bombardeada no Congresso, como o compulsório, diz depois que era um ``bode", que estava ali para atrair as críticas. Parece inteligente, mas FHC está acumulando desgastes. Olho no calendário Líderes governistas fazem os cálculos e concluem que as primeiras votações das reformas no plenário da Câmara não acontecerão antes do final de outubro. Isto se as negociações caminharem sem maiores surpresas. Um dia após o outro Ontem, ao fim de mais uma semana de tiroteio sobre o governo, um aliado de FHC suspirava: ``Não tem monotonia: nem terminou o caso Econômico e já entramos na história do compulsório". Preocupação FHC soube de manhã, pelo chanceler Lampreia, do problema de saúde do embaixador Flecha de Lima. Ficou preocupado. Em seguida, a embaixada em Washington recebeu ligação do Planalto. Bolo O Itamaraty diz que o secretário-geral, Sebastião do Rego Barros, esperou anteontem pelo dirigente da Human Rights e que ele não apareceu nem ligou dizendo que não ia. A ONG esperava ser recebida pelo ministro Lampreia. Carga parada Segundo o ministro dos Transportes, Odacir Klein, ao contrário do previsto, o processo de privatização dos portos anda mais rápido do que o das ferrovias e rodovias. Deve começar por Itajaí, Porto Velho e Cabedelo. Próximo Texto: Pedras no caminho; Vendendo o peixe; A volta; Não funde; Língua materna; No ar; Pedalando Índice |
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