São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995 |
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Assembléia paulista prepara exposição Mostra terá fotos, objetos, documentos e fitas gravadas JOSÉ GERALDO COUTO
O acervo inclui mais de 30 mil negativos de fotos (desde 1950), milhares de horas de fitas gravadas (desde 1963) e cerca de 30 mil manuscritos (desde a fundação da Casa, em 1835). Entre os documentos da época do Império, há curiosidades como uma lei de 1836 permitindo aos professores primários ``castigar moderadamente" seus alunos, ``quando as penas morais forem ineficazes". Ou então o Orçamento da Província em 1839, destinando recursos à repressão de quilombos. Nas fitas gravadas podem-se ouvir os discursos dos principais políticos do país que passaram pela Assembléia nos últimos 30 anos. O presidente da Assembléia, deputado Ricardo Tripoli (PSDB), diz que tomou a iniciativa de criar a comissão de patrimônio e organizar a exposição ``para resgatar a idéia de que a Casa faz parte da cultura do Estado". Segundo ele, a Assembléia cumpriu um papel decisivo na vida do Estado e serviu como uma importante escola política. O historiador Carlos Alberto Dias diz que a exposição será organizada em módulos temáticos, de modo a mostrar a presença da Assembléia na história social paulista, destacando temas como a escravidão, o ensino público, a imigração, a construção de ferrovias. Segundo Dias, a concepção da exposição -que ocorrerá no hall monumental da Assembléia, no Ibirapuera (zona sul)- será a mais moderna possível. ``A idéia é conjugar, por exemplo, o som de discursos de personalidades políticas a imagens da época. Quanto aos documentos mais importantes ou curiosos, queremos dar ao visitante a possibilidade de escolher um e tirar dele uma cópia fac-similar", diz. O arquiteto e ex-secretário da Cultura Ricardo Ohtake está ajudando a projetar o espaço da exposição. O atual secretário, Marcos Mendonça, colocou por sua vez a infra-estrutura da secretaria à disposição do evento. O deputado Ricardo Tripoli diz que a Assembléia está buscando parcerias para custear e montar a exposição. ``Já conversei com o presidente da Bienal, com o Museu de Arte Moderna. Vamos buscar todo tipo de apoio." Carlos Dias estima em entre RS$ 40 mil e R$ 50 mil o custo da exposição. Texto Anterior: Coluna Joyce Pascowitch Próximo Texto: Homem às vezes é volúvel demais Índice |
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