São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995 |
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Táxis esperam aumento de 20% na procura
DA REPORTAGEM LOCAL O Sindicato dos Taxistas estima que a procura por táxis deve aumentar 20% a partir de amanhã.Segundo Natalício Ribeiro da Silva, presidente do sindicato, os táxis de São Paulo vão ser suficientes para suprir o provável aumento da demanda. Atualmente, cada motorista faz em média seis corridas por dia. Em 1986, a média diária era três vezes maior: 18 viagens. ``Mesmo que aumente mais que os 20% que esperamos, a quantidade de táxis vai ser suficiente", avalia Silva. Segundo o sindicato, os passageiros não devem aceitar que os taxistas cobrem a corrida ``fora do taxímetro". O principal receio de Silva é que durante o rodízio aconteçam problemas que justifiquem que a prefeitura aumente o número de táxis em São Paulo. ``Isso não pode acontecer, já tem muito táxi na cidade. Se aumentar, a situação vai ficar muito ruim", disse. Paciência A arquiteta Sílvia Ribeiro dos Santos, 35, que trabalha no escritório de Roberto Loeb, não gosta de dirigir e pega todos os dias pelo menos quatro táxis. Às vezes, são seis viagens de táxi. Ela afirma que, mesmo não tendo carro, vai colaborar com o rodízio. A forma que Sílvia encontrou para ajudar é com ``muita paciência", como ela define. ``Ok, eu sei que esta semana talvez demore um pouco mais para conseguir táxis, mas tudo bem, a causa é boa. Se demorar mais, estou disposta a encarar com naturalidade. Vale o sacrifício", afirmou Sílvia. Otimista, a arquiteta disse que o rodízio vai ``ser bom para todo mundo": ``Primeiro, para os taxistas, que por causa da crise estão sem corridas. Depois, para todos nós. Alguém precisava fazer alguma coisa. O ar está horrível, quase não dá para respirar". Sílvia acredita que o escalonamento de carros durante apenas uma semana ``é paliativo", mas afirmou que ``é uma boa alternativa em curto prazo". Para ela, a solução definitiva é uma campanha que enfoque mais educação no trânsito. ``Educação e orientação sobre como evitar a poluição no trânsito", disse. Texto Anterior: Ambientalista não vai deixar carro em casa Próximo Texto: Doenças atingem 46% das famílias em SP Índice |
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