São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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Empresas não mudam já

DA REDAÇÃO

A euforia em relação ao ``Windows 95" não parece ter contaminado empresas ouvidas pela Folha nos primeiros dias de comercialização do produto.
A General Motors, por exemplo, não deverá instalar o programa neste ano.
A empresa está com um projeto de informatização de seus escritórios em andamento. Deve ter 1.800 microcomputadores em funcionamento até meados do próximo ano, segundo prevê o programa COe -sigla em inglês para ambiente de escritórios consistente.
Segundo a coordenadora do projeto no Brasil, Helena Zuccholini, 35, o ``Windows 95" só será usado depois de homologado pela matriz da empresa.
O Bradesco, maior banco privado brasileiro, também vê com cautela o novo sistema operacional.
``O banco ainda vai aguardar um pouco", diz o diretor-executivo e gerente de processamento de dados, Aluízio Borges, 55, que usa o novo produto em seu computador pessoal. ``Não faremos mudanças imediatas. Como estamos instalando novas agências, podemos até avaliar o uso. Mas, para fazer a troca nos micros atuais, a substituição teria de ser completa: o desempenho nos micros 386 não é suficiente."
Outra que não foi seduzida pela novidade é a empresa de refeição-convênio Pratick.
Os 12 micros PC que a empresa usa em seus escritórios trabalham com a versão atual do ``Windows" e vão continuar com ela -pelo menos por enquanto, segundo Angela Tozzi Carlini, 32, gerente de operações comerciais.
``Vamos deixar passar esse fuzuê, até para esperar uma melhora em termos de preço. Para nós, as diferenças são poucas. Não há nada inadiável, que exija uma mudança imediata."
Nos EUA, pesquisa com 109 executivos da área de informática divulgada pelo jornal ``USA Today" mostra que 31% acham que só dentro de um ou dois anos metade dos micros de suas empresas vai estar com o ``Windows 95".

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