São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995 |
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Novela faz Carla Marins repensar seu relacionamento com a mãe
RONI LIMA
Atriz acredita que amadureceu ao interpretar a adolescente Joyce na novela `História de Amor', na Globo Ao viver a adolescente Joyce, na novela das seis da Rede Globo ``História de Amor", a atriz Carla Marins, 27, amadureceu sua visão sobre as relações entre mãe e filha. Como que retornando no tempo, Carla pôde entender melhor as dificuldades de relacionamento que teve com sua mãe na adolescência. A atriz conta que, com frequência, é abordada na rua por mães que dizem viver em casa problemas semelhantes aos enfrentados por Joyce e Helena (Regina Duarte). Trata-se de uma relação de amor e ódio semelhante à vivida por Carla com sua mãe, que, coincidentemente, se chama Helena. Hoje, mais madura, ela acredita que foi muito radical. Para Carla, a relação entre mãe e filha costuma ser mais intensa e, portanto, "mais conturbada", do que a de pai e filho. Na novela, Joyce é uma adolescente de 18 anos, filha de pais separados e grávida do ex-namorado Caio (Angelo Paes Leme). Ela gosta muito da mãe, mas, volta e meia, briga com ela. Para complicar, Helena começa a namorar o médico Carlos (José Mayer), por quem Joyce nutre sentimentos difusos de paixão. Resultado: a mãe deixa a adolescente enciumada. Assim como Joyce, para a adolescente Carla foi um problema ter uma mãe jovem e inteligente. Ela competia com a mãe, brigava e exigia que Helena fosse mais amiga e menos mãe. Como na novela. ``A alma feminina tem sutilezas que tornam muito natural essa disputa e, também, uma supersolidariedade e identificação." Com os anos, a arrogância e a insegurança de adolescente foram passando. ``Agora que amadureci mais, isso de a minha mãe ter espírito jovem virou um presente. Hoje somos superamigas", afirma. Carla acredita em reencarnação e que tudo tem uma razão de ser. ``Por isso, não reclamo de nada que acontece na minha vida." Com esse espírito, ela aceitou o assassinato do padrasto, Floriano, em um assalto, há pouco mais de um ano. O pai, Carlos, também foi assassinado quando ela era criança. Apesar das duas tragédias, Carla continuou firme. Depois da morte de Floriano, a mãe morou com ela durante um ano -quando a amizade entre as duas finalmente se tornou forte. ``Perdi meu pai e ganhei minha mãe. Nada acontece à toa." Texto Anterior: Pastor gourmet ensina a fazer o manjar dos deuses Próximo Texto: Atriz estudou música e dança Índice |
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